O que se segue foi escrito praí em Maio e não sei porquê ficou esquecido em lugar incerto do computador. O disco em questão ainda não se ouviu mas a vontade não esmorece.

Capitão Simão

Hoje de manhã, sentado no trono do meu WC com vista para o rio, re-peguei no Y de sexta passada, já que, com as gravações de feromona mal lhe tinha posto as mãos em cima. A banda sonora do momento cantava-a Gainsbourg e agradava à criança de pouco mais de um ano, que logo ali dançava alegremente de braços no ar sem perceber (felizmente) puto da letra de “Intoxicated man”. O cenário não podia ser mais adequado para dar com a entrevista ao J.P. Simões sobre o disco a solo a sair daqui a pouco.
É impressionante lê-lo dizer sobre o Quinteto Tati que “o processo interrompeu-se naturalmente: não tinham-mos trabalho; ninguém nos quer”. O texto, bem bom diga-se, acaba citando uma frase do tipo que masterizou o disco: “Sim senhora fizeste um grande disco para uma geração que ainda não nasceu.”

Quando o vir na rua vou-lhe dizer que o meu filho, que por acaso, como o dele, se chama Simão, foi concebido a ouvir Quinteto Tati.