Sines
Só lá chegámos na sexta-feira, ou seja, perdemos o primeiro dia.
O Marc Ribot largou um free jazz/funk rasgado que pôs o meu filho a dormir em três tempos. O puto é novinho mas já percebe umas coisas de música. Também eu fiquei um bocado desiludido com o concerto. Houve sem dúvida "momentos" mas a tendência para o óbvio, dentro de uma estética em que de óbvio não devia haver nada, reinou. Para mim, só quando as coisas roçaram canção aquilo teve piada.
A senhora Astrid Hadad deu gozo embora este palco talvez não seja o que lhe permite melhor chegar às pessoas. Gostei. Houve quem não gostasse.
Mesmo com grande tesão musical o cansaço e o facto de levarmos o bébé não nos deixou ver, para enorme pena minha, o concerto de Hermeto Pascoal. Diz quem viu que foi genial. Tambem ouvi quem não tivesse percebido o que era aquilo. Mandem comentários se tiverem assistido.
Master Musicians of Jajouka
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No Sábado tocaram os senhores marroquinos cujas fotos podem ser vistas abaixo.
Foi quase só por eles que quiz ir a Sines.
Gostei mesmo muito de ouvir ao vivo o que apenas conhecia de discos.
O cagaçal sónico que atingem em certas músicas tem muito do que conhecemos mais no rock de riffs, como também do free-jazz na repetição exaustiva de frases em uníssono.
Valeu a pena. Ainda mais porque por sorte chegou-me às mãos um passe que deu para ir aos camarins e falar com dois deles. Hei de ir a Jajouka visitá-los...
Nessa noite ainda ouvi KTU que não detestei mas tambem não gostei muito. Épico demais para o meu gosto. Muito aparato para, como resultado musical, uma série de coisas gastas. Por vezes a roçar o metal e o rock industrial mas de uma maneira básica, sem trazer nada de novo. Senti o acordeão como uma guitarra de dois braços, estilo hard-rock foleiro mas espalhafatoso.
Apesar de isto tudo tambem houve um momento ou outro em que fizeram o castelo entrar em transe.
A seguir ainda houve Kila, Irlandeses cujo som me pareceu um bocado pensado demais. Género "bora lá pegar nos nossos sons típicos e tocar aquilo que faz o povo dançar(que está na moda)". Não gostei e pirei-me para ir ver se o bébé, que se tiha pirado com a mãe durante Ktu, estava a dormir bem.
Perdi outro concerto, o que fechou o festival, dos Konono n.º1 que devem ter levado a fricalhada à loucura. Alguem viu? Digam-me como foi!
Bem, vou-me pôr a andar. Estou de férias e só volto a pôr os pés no blog lá para dia 15. Até logo.
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2 Comments:
Então e as musicas feromónicas???
duarte um órgão
Marrocos o ultimo paraíso
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