sexta-feira, agosto 05, 2005

Sines

Só lá chegámos na sexta-feira, ou seja, perdemos o primeiro dia.
O Marc Ribot largou um free jazz/funk rasgado que pôs o meu filho a dormir em três tempos. O puto é novinho mas já percebe umas coisas de música. Também eu fiquei um bocado desiludido com o concerto. Houve sem dúvida "momentos" mas a tendência para o óbvio, dentro de uma estética em que de óbvio não devia haver nada, reinou. Para mim, só quando as coisas roçaram canção aquilo teve piada.

A senhora Astrid Hadad deu gozo embora este palco talvez não seja o que lhe permite melhor chegar às pessoas. Gostei. Houve quem não gostasse.

Mesmo com grande tesão musical o cansaço e o facto de levarmos o bébé não nos deixou ver, para enorme pena minha, o concerto de Hermeto Pascoal. Diz quem viu que foi genial. Tambem ouvi quem não tivesse percebido o que era aquilo. Mandem comentários se tiverem assistido.

Master Musicians of Jajouka

MMJ


No Sábado tocaram os senhores marroquinos cujas fotos podem ser vistas abaixo.
Foi quase só por eles que quiz ir a Sines.
Gostei mesmo muito de ouvir ao vivo o que apenas conhecia de discos.
O cagaçal sónico que atingem em certas músicas tem muito do que conhecemos mais no rock de riffs, como também do free-jazz na repetição exaustiva de frases em uníssono.
Valeu a pena. Ainda mais porque por sorte chegou-me às mãos um passe que deu para ir aos camarins e falar com dois deles. Hei de ir a Jajouka visitá-los...

Nessa noite ainda ouvi KTU que não detestei mas tambem não gostei muito. Épico demais para o meu gosto. Muito aparato para, como resultado musical, uma série de coisas gastas. Por vezes a roçar o metal e o rock industrial mas de uma maneira básica, sem trazer nada de novo. Senti o acordeão como uma guitarra de dois braços, estilo hard-rock foleiro mas espalhafatoso.
Apesar de isto tudo tambem houve um momento ou outro em que fizeram o castelo entrar em transe.

A seguir ainda houve Kila, Irlandeses cujo som me pareceu um bocado pensado demais. Género "bora lá pegar nos nossos sons típicos e tocar aquilo que faz o povo dançar(que está na moda)". Não gostei e pirei-me para ir ver se o bébé, que se tiha pirado com a mãe durante Ktu, estava a dormir bem.
Perdi outro concerto, o que fechou o festival, dos Konono n.º1 que devem ter levado a fricalhada à loucura. Alguem viu? Digam-me como foi!

Bem, vou-me pôr a andar. Estou de férias e só volto a pôr os pés no blog lá para dia 15. Até logo.

MMJ

MMJ

MMJ

2 Comments:

At 5:59 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Então e as musicas feromónicas???

duarte um órgão

 
At 10:47 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Marrocos o ultimo paraíso

 

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