terça-feira, julho 25, 2006

Discos esquecidos:

Junta

PHISH - Junta (1988)
Não me lembro quando os ouvi a primeira vez mas lembro-me de ter ficado aparvalhado. Sei que foi numa compilação em que vinha uma música de "Junta", o muito single "Fee". Primeiro deixei-me levar pelo incrível groove e peloo virtuosismo que como músico não consigo deixar de reparar. Em “Fee”, a voz e coros são nítidamente de quem ouviu Beatles e Zappa. Sim, pop e cretínice em harmonia. Só descansei quando tive o disco. Depois e aos poucos fui sabendo mais sobre estes freaks americanos.

Phish

Vendiam relativamente pouco mas enchiam concertos, uns atrás dos outros, com uma legião de seguidores comparada por vezes à dos Grateful Dead. Tinham fãs tão díspares como Al Gore, Primus, Danny DeVito ou Roger Waters.
Não eram do tipo que segue regras. Quem é que deixa os fâs votarem um álbum preferido de outra banda para tocarem íntegralmente numa série de (habituais) concertos de fim de ano? Calhou ser o branco dos Beatles que várias noites relembraram no Madison Square Garden.

Phish - último concerto agosto 2004

Separaram-se em 2004 depois de 20 anos com o mesmo line-up e pelo seu ecletismo são referidos como jam band - já que improvisos de 20 minutos eram menos raros que o formato canção de 3 minutos e meio.
Sabe-se que cogumelos mágicos e mariajoana foram em tempos combustível aprovado para longas sessões de desbunda. Eram essencialmente uma banda de rock com vocabulário muito extenso.

Voltando ao álbum. A fusão de estilos é vasta. Lounge, americana, easy listening, jazz, folk, um funk fodido e muito ocasionalmente laivos de reggae. A influência de Zappa sente-se nas letras e nos momentos de improviso instrumental depurado.
Trey Anastasio está por todo o lado com a guitarra. Mike Gordon no baixo agarrado à bateria partida de Jon Fishman que ocasionalmente toca trombone, tudo temperado com piano de Page McConnell. Todos cantam. O disco tem uma maturidade que engana. Eram todos relativamente novos na altura, todos nos seus 20 e poucos anos.
Não é perfeito mas tem momentos excelentes. Assim de cabeça que agora não o tenho aqui para ouvir, "David Bowie" em 11 minutos tem a letra mais inventiva e curta que me lembro: “David Bowie! UB40!” (sim é só isto).
"You enjoy Myself" - psicadelisanço de música de carrocel – ou “Dinner and a movie”.
Mais conversa não vale a pena porque o disco tem mesmo é que ser ouvido.

Sites:
http://www.phish.com/ (oficial)

http://www.phish.net/ (fãs)

4 Comments:

At 3:12 da tarde, Blogger Diego Armés disse...

Não sei se já vos falei do quanto aprecio a veia lírica do neil Young. "My my, hey hey"... este homem é um poeta.

 
At 7:35 da tarde, Blogger B disse...

Mas o que é que vem a ser isto??
Um post sobre os Phish e insultas o grande grande Neil Young!!?
Rock & Roll is here to stay!
Punk's not dead e o seguro morreu de velho e sei lá mais o quê ainda não recuperei de Sines..

 
At 1:35 da tarde, Blogger Diego Armés disse...

Quem te manda alarvar nas pizzas e naquelas cenas esquisitas dos indianos?

E o Neil Young é um poeta do camandro...

 
At 4:01 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Excellent, love it!
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