Foi difícil chegar até aqui. O servidor silenciou o Cáubói durante uma semana. Infelizmente essa semana já passou desde a actuação de
Feromona no Lisboa Bar. O que se passará a seguir é um Comentário Livre das impressões de um cáubói. É díficil falar sobre o que se viu através de um enquadramento três por quatro sem que algumas cenas sejam imaginadas...
INT. NOITE.LISBOA BAR. 25 de NOVEMBRO
Entro no Lisboa Bar, desvio-me da rotina para ver pela primeira vez a
Feromona ao vivo. Desço umas escadas iluminadas por pequenas velas até à cave. Lá em baixo um grande cartaz prenuncia um acontecimento invulgar: É um grande plano das três faces dos músicos. Há uma bateria, amplificadores, cabos e aquelas coisas de bandas. Estava tudo demasiado vazio. Iluminava-se o bar na tentativa de filmar o concerto.
Vinte minutos depois chega a banda. Nervosos, um pouco acelerados. Pouco a pouco a cave fica composta por conhecidos, desconhecidos e curiosos. Os músicos tomam os seus lugares. O concerto começa. E assim como quem não quer a coisa, a música toma conta dos espectadores. Lentamente. O público rende-se. Por esta altura, já eu tirei o chapéu de caúbói por admiração aos senhores músicos. É um bom concerto, descontraído, escuto com um sorriso o que conheço da
Feromona – a aventura d’
O Paquiderme Magrinho, a homenagem a Steve Mcqueen no
Mustang, o inebriamento de
Vodka, e a gentileza do
Conto Infantil - e o que não se conhece de certeza que não fica atrás.
Mais para o final, no que o vocalista anunciava como a última música acontece o inesperado, é uma música enguiçada, e de um momento para o outro temos a sensação de estar dentro da sala de ensaios da banda. Mas não faz mal, O Baixista Famoso explica a situação e faz macacadas. O público ri-se, está ao rubro e não deixa a banda sair do palco: Toca o set todo outra vez! Toca a outra! Toca aquela! E eles, que remédio, tocam uma, a outra, e aquela outra vez. Fica tudo feliz e contente, e não há razão para menos!
O que aconteceu a seguir fica para os que lá estiveram: a euforia adjacente a uma noite feliz para o rock português, a estranheza do revivalismo musical da década de oitenta e o Carlos Paião seguido de
Feromona a finalizar o dancing…Espera-se o próximo.
Eu gostei.
Saudações do Cáubói