sexta-feira, fevereiro 24, 2006

feromona

há concerto no lótus bar dia 28 de abril, a convite dos frequency, com quem iremos depois tocar a braga.

devemos voltar a juntarmo-nos a tvrural para concerto em mafra em bar a confirmar, e em corroios no ritmus bar.

na páscoa gravamos mas estamos enrascados com um computador que decidiu deixar de funcionar. haverá aí algum mecenas com um pentium 4 esquecido na arrecadação. só precisamos uma semana ou duas...

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Cão-tinhoso, s.m. (pop.) o demónio.
retirado do Dicionário da Língua Portuguesa, 6ª edição, Porto Editora.

A Ler Devagar está na Galeria ZDB desde hoje.



















Não costumo pôr aqui este tipo de coisas mas neste caso não resisti.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Já fazia falta um motor de busca para video: http://video.google.com/.
Curta com pinta,
C'était un rendez-vous (1976), de Claude Lelouch. So vale pena ver até ao fim.

Serge Gainsbourg - agente duplo

Génio provocador, punk sedutor, ávido fumador. Poeta, françês, cineasta, bêbado, freak, chic, boémio, vaidoso, feio, cool. Vencedor do festival da canção como compositor, fotógrafo, cantor, actor, intelectual, argumentista, palhaço e sentimentalista.

Personagem essencial da música dos últimos 50 anos, teve uma vida com muito para contar. Seguem-se algumas curiosidades.

No chão do atelier de Salvador Dali, entre quadros de Miró, Ernst e Picasso, terá dado uma "cambalhota" com a sua futura primeira mulher. Dali tinha o atelier todo pintado de preto. Daí inspirada, a casa em que viveu desde meados dos anos 60, e onde veio a morrer, era também toda negra (casa de banho incluída).

Boris Vian, ídolo e mentor, escreveu a primeira, e excelente, crítica ao disco de estreia de Serge.
Verdadeiro nome Lucien Ginsburg, Lulu para a família, achava que tinha nome de cabeleireiro e mudou para Serge Gainsbourg quando se inscreveu no equivalente à SPA, para registar as primeiras canções.

Christa Paffgen, mais conhecida como Nico, gravou com Gainsbourg em 63. Ele não gostou da voz dela no contexto e a gravação foi parar ao lixo... posteriormente Nico ruma a NY tornando-se musa de Warhol e vocalista dos Velvet.

Em 1965, uma canção sua ganha o festival da canção pela voz de France Gall. A menina de 16 anos (tipo Britney da época) tem mais dois sucessos com canções suas. O terceiro hit, "Les sucettes", tradução chupa-chupas, descreve o prazer de uma menina ao chupar o lollypop, até o coração de anis da guloseima lhe escorrer pela garganta abaixo...
Quando o óbvio veio ao de cima Serge, responderia "é a canção mais audaciosa do século". A incente rapariga ficou inconsolável... mas voltou a cantar temas dele.

Nos fim dos anos 80, Serge, em directo num programa de prime time da tv francesa diz à outra convidada, a Sra. Whitney Houston, em inglês perfeito mas carregado de pronúncia francesa - "I want to fuck you".

Estou a ler "Serge Gainsbourg - a fistful of Gitanes" (Dacapo Press, $16.85), uma biografia muito bem escrita por Sylvie Simmons.
Além da história da sua vida há dezenas de comentários de gente como Beck, Sly and Robbie, Mick Harvey, Sonic Youth, Air, Momus, Marianne Faithfull, Brigitte Bardot ou Jane Birkin. Todos têm em comum que o cantaram.
Desde puto que me lembro do "Je t'aime, moi non plus". Mesmo sem perceber a letra, sempre me ficou no imaginário como canção de amor impossível (que é). Escreveu-a para Bardot (a verdadeira) com o objectivo de lhe oferecer a melhor, de todas. Gravaram-na juntos mas a actriz teve medo de lhe arruinar a carreira. Veio a ser número um no Reino Unido gravada com Birkin, depois da relação com Bardot ter implodido.

Nos últimos anos tenho vindo aos poucos a conheçer a música e a personagem. Fica aqui esta pequena homenagem. Dia dois de Março fará quinze anos que Gainsbourg morreu no seu quarto em Paris.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Discos baratos.

Passei na fnac e reparei que têm alguns discos do camandro baratos.
O indispensável "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" do Zé Mario Branco a menos de 10€.
O "Cão" de Ornatos ou o Rão Kiao no festival de Jazz de Cascais.
Vários dos Pixies a 7 e qualquer coisa para quem queria completar a colecção.
MC5, Stooges, Birthday Party, nove e tal. Lenny Kravitz a 4 e picos.

E por aí fora. (não , não ganho comissão)

Na
Trem Azul há saldos, jazz e não só desde 2.90€ a 9.90€. Comprei lá uns Curtis Mayfields em vinil invejáveis.

"An artist is never ahead of it's time but most people are behind theirs."
Edgard Varèse

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Há já algum tempo que enfiei com algumas canções velhas numa página do myspace.
Não divulguei aqui esse meu alter-ego chamado Bernardo Barata, porque estava à espera que ele acabasse de gravar umas novas. Como o gajo anda atarefado com a outra banda e mais não sei quê, e nunca mais atira cá para fora material novo, aqui vai um link para poderem ouvir quando vos apetecer.
Se gostarem, fixe. Se não gostarem, fixe. Se perceberem, fixe, senão tambem.
Fixe? Fixe!
A foto é um auto-retrato desse mandrião. Tirei-a eu, tarde e a más horas, num terraço algarvio, temporizador, abertura de vários segundos e flashada na tromba para mostrar o lado punk canguru.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Filho da Puta

Há pouco fiz uma procura de imagens no Google para a frase "filho da puta".
Não foi (só) porque tenho uma mente porca mas porque buscava informação sobre um famoso cavalo que por volta de 1815 ganhou várias corridas importantes em Inglaterra.
Reza a lenda que o tratador do garanhão vinha daqui e apesar de "tratar bem" o cavalo tratava-o por tu: "Ó filho da puta entra para a boxe!" "Seu filho da puta come a palha!" e por aí fora.
Os bifes na sua ignorância acharam piada e vai daí oficializaram o nome.
Ei-lo abaixo, desenhado em toda a sua glória.

Não teria escrito este post não fosse ter reparado que, nessa busca do google, a imagem que surgiu mais vezes foi a de George Bush.

domingo, fevereiro 05, 2006

F R A G M E N T O S
E cinco e seis e....

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Impro fixe
Feromona
com Vasco Viana e João Pinheiro



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Mustang
Feromona

BEM HAJAM, OH ANIMAIS DE PALCO, OH GUITARRAS CRUAS
D KID
TV RURAL
FEROMONA

Pavilhão polivalente do Sobreiro
Ali nos arredores de Mafra
3 de Fevereiro de 2006

A responsabilidade de escrever um texto sobre um concerto realizado no polivalente do sobreiro, a noite passada, é qualquer coisa de muito sério, principalmente quando o cáubói já foi acusado publicamente de raramente estar sóbrio. O que não é bem verdade, ele há dias e dias, mas a absorção dos acontecimentos não depende da sobriedade. E bem vistas as coisas a sobriedade não depende da quantidade de cervejas, uísques e afins. Vem de outro lado, mas enfim…Devo um pedido de desculpas aos Feromona, que o cefalópode estava cheio porque havia muitos colos, disseram-me. Eu, confortável que estava, nem olhei para trás durante o concerto. Mas eu sou um coração mole, vi no caminho vários moinhos que me lembraram o saudoso rocinante, também tenho os meus dias de tréguas e como tal, nem o coldre levei. Embora tivesse algumas armas escondidas nas peúgas. Afinal, há que estar alerta…

Era uma aldeia pequena, catita, aquela do oleiro das miniaturas, que diga-se pareceu-me ter espaço suficiente parar albergar cavaleiros errantes. Ou eu sou um liliput ou aquilo não é uma aldeia em miniatura…mas vale a visita, principalmente para as mentes mais lúdicas. Quando chegámos perto do pavilhão, assim na magic hour, no lusco fusco, alguns putos jogavam futebol no campo de cimento mesmo ali ao lado, e o pavilhão era grande sim senhora, era um pavilhão construído não há muitos anos atrás, linhas rectas, com potentíssima bancada. Assim que se arrumou o jolly jumper percebi que ia ser uma noite das antigas. Nada mais nada menos que um concerto com todas as letras em capitular, anunciava-se grande noite ao som de D Kid, TV Rural e Feromona.

A jantarada já anunciava a pré-proeza com brindes ininterruptos ao pessoal do som, pessoal do som, pessoal do som…..ao cozinheiro, ao cozinheiro, ao cozinheiro. E depois, assim que se desligou a música rádio,é que foi.

D KID
Foi o D Kid a aquecer no ritmar de novos compassos urbanos que já se fizeram nossos há muito tempo, e havia alguém de dizer outra coisa?
D kid promete, é simples e põe o pessoal a mexer.


TV RURAL

Entretanto sobem ao palco os TV rural.
Pequeno interregno sobre os mesmos:
Os Tv Rural, banda de longos anos, banda volátil que se adapta mais facilmente do que às vezes se possa indagar, banda que tem influências de tudo e mais alguma coisa, e ainda bem, é banda com um som novo, muito difícil de classificar. E agora, balde para a baba, passamos ao que sucede quando os Tv tocam. Eles sobem ao palco assim como não quer a coisa. Assim como um amigo que bate por trás no ombro esquerdo mas aparece no flanco direito a reclamar toda a nossa atenção.
E depois não há volta a dar, aguenta-te à bronca porque nem sequer vais querer sair. . Esta banda, meus caros, está mais que preparada para o seu primeiro álbum. Esta banda, meus caros, às vezes custa saber que não o tem editado. Esta banda, meus caros, não deve parar.

A novidade da recuperação dos clássicos pairava no ar. O palco e a luz faziam jus ao espectáculo, se alguma coisa corresse mal seria por falta de público ou de performance. O público não se conta a dedos, porque convenhamos, se estivermos à espera de ter uma sala cheia onde não há tradição de concertos de som novo, não vamos a lado nenhum. É assim que as coisas ocorrem e começam a criar raízes, mas isso é outra e muito longa conversa. Ele foi ver as hostes a mexer, espíritos sedentos do rock a bombear, sentia-se o Chico, o que for, a herança portuguesa ou o que há de novo em 2006 aqui, agora. Há isto, que ali não havia mais limites para nada, sobretudo com a qualidade das letras e arranjos, vozes masculinas em coro, as duas guitarras a puxar a puxar, a bateria sempre bem, marcada, robusta, a grande pausa do baixista David, um vocalista aos pulos, a provocar quem o ouvia, oh animal de palco! O Notas,repescado, ai o notas! E uma versão do Jorge palma, Essa miúda, que comoveu o bando…
YOU ROCK, môsputos!




FEROMONA


E os Feromona a seguir.
Nervosos ou talvez não, depois da descompressão ruralesca em terras de sobreiro. Subiram de mansinho e foi ver o culminar da grandessíssima viagem nocturna. A música mudou de tom. Power trio cheios de garra, contagiados pelo público, já em transe. A simultânea crueza e singeleza das músicas a ganhar terreno. Estavam espaçados no palco, a bateria é o centro, vocalista/guitarrista à esquerda, baixista à direita, e os corpos, à frente, deixaram-se levar nessa viagem por estradinhas de alcatrão rebentado na ruralidade vicentina com o belo Mustang. No conto infantil, mais uma vez, João Pinheiro sobe a palco com Feromona e não podia funcionar melhor. O vibrafone vai aos lugares menos óbvios que a música tem. Envolve. O Paquiderme Magrinho, simples, vai exigindo mais e mais do público. Banda com uma presença muito cool, ora essa! Depois dos clássicos Feromona, e da nova,A dor e a glória, a tal que não é honesta, é verdadeira, ou genuína ou pura, eu cá só sei que arrepia na parede do estômago.


Há um remate final, num inesperado movimento, sobe ao palco Vasco Viana de TV rural. AH GRANDE VASCO! Pim! AHO AHO! É mesmo assim, duas guitarras, baixo e vibrafone, num improviso muito AHO AHO! Gritos da multidão. Raw, Raw, gritava-se. FIFUFIUUUU! Espaço para percorrer os vários metros de largura de palco, soalho fora, em pulos, movimentos de braço descontrolados de corpos dançantes, em quebrada sintonia. Foi uma daquelas noites. Condições de palco excepcionais, do ponto de vista de quem vê, que eu cá não falo por mais ninguém. Uma iluminação filhadamãe. Depois de uma noite destas não é a quantidade das pessoas que lá está que conta, é a qualidade do que acontece.

E aconteceu tão bem. Agarrem-se a este fio, que a meada adivinha-se longa, e a bola está do vosso lado.
A quem a perdeu, o meu lamento, e pela parte que me toca, obrigado a todos e um até breve.
Saudações



P.S.: É natural que a ordem das músicas de que falo não seja a do set.
P.S.: Músicos, se algum de vocês perdeu uma peça castanha pequena, em semi círculo, que deve ser de uma guitarra ou de um baixo, imagino. Diz TROLA CATCH e RIEGEL 682...Sou eu que tenho.

F R A G M E N T O S (ALTERADO POR BRIGITTE BARDOT PARA EMAGRECER A PÁGINA - os videos foram retirados mantendo o link para poderem ainda assim ser vistos. Perdoa-me a introsão Carteiro...)
E u m, e d o i s e t r ê s


Pavilhão Polivalente do Sobreiro, Mafra


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TV Rural
O Animal

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Feromona
Paquiderme Magrinho


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TV Rural
Essa Miúda, de Jorge Palma


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Feromona
Conto Infantil

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Amanhã.
Sobreiro fica entre Mafra e Ericeira, onde há a aldeia em miniatura do gajo que faz esculturas em barro. Haverá setas na estrada nacional até ao pavilhão.

Portas abrem às sete. D Kid por volta das nove. Tv Rural por volta das dez. Feromona por volta das onze meia. Portas fecham às duas. Copos até amanhecer e ninguém volta par acasa ao volante sff.
Obrigado.