sexta-feira, setembro 30, 2005

Ontem (ou como encontrei o antoninho)
Ontem chego a casa e estavam-me a rebocar o carro. Os cabrões. Resultado: menos 80 euros no orçamento. Cabrões. Só porque tinha um pneuzito em cima do passeio.

Ontem sentei-me a ver o sporting, clube que me têm dado muito cabelo branco, e foi a tristeza que se viu.

Mas ontem, antes disso tudo, entrei por acaso num cash converters ali ao pé da Praça do Chile e comprei um orgão lindo, por 20 euros. Um Antonelli. Tem um som semelhante a uma harmónica mas "maior". Em vez de se soprar funciona com uma ventoinha eléctrica que sopra por nós. 4 oitavas com teclas de tamanho normal e teclas extra para baixo, acorde maior e acorde menor para cada tom. Fiquei maluco claro e comprei logo. Já o apelidei de "antoninho".
Com ele ainda estou com mais pica para avançar com as canções que tenho andado a trabalhar sózinho, as quais estou a gravar aos poucos em casa.
São elas: "manual para cowboys campeões", "com os olhos fechados", "ninguem dá por nada", "tenho um medo não sei de quê", "sózinho", "o amor" (música de Afonso Martins para um poema de Fernando Pessoa) e "notas" (letra e música de David Jacinto).

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Noutro assunto quem estiver viciado em downloads de mp3 vá ler o artigo de Nick Southall da Stylus Magazine (que descobri por intermédio do juramento sem bandeira onde a há vários comentários ao dito).
Quem quizer discutir o eterno "cantar em portuguêsVScantar em inglês" vá aqui.

segunda-feira, setembro 26, 2005

White Stripes "Get behind me Satan" / concerto feromona

Andava a guardar este disco para um dia assim.
A ressaca derivada da ida a Aljustrel para concerto com a feromona assim o ditou.
Olhos pesados. Sensação amarela. Dores no corpo.
Nenhuma situação seria tão adequada para inaugurar finalmente o último dos White Stripes.
Valeu a pena esperar. Tinha lido que não era tão bom, que o gajo se tinha passado com a marimba e mais não sei quê.
Não me fodam. O Jack White sabe o que faz. E nunca tinha reparado que ele tem por vezes um timbre quase igual à Janis Joplin, coisa que sobressai particularmente neste disco.

O concerto de sábado foi porreiro mas a noitada que se seguiu ainda foi melhor.
Gostei de rebolar pelas ruas daquela cidade alentejana à velocidade imposta pela quantidade de minis bebidas pelas esquinas. Foi bom.
Agora estamos ainda com mais pica para tocar em Lisboa. Para breve espero. Junto vai panorâmica do local onde tócámos.

foi aqui

quarta-feira, setembro 21, 2005

FEROMONA em CONCERTO - Sábado dia 24 de Setembro
Vai ser o meu segundo concerto com a feromona e estou ansioso. Estou a ressacar noise e vou tirar a barriga de misérias. Já me estou a imaginar: octaver ligado, a distorção a válvulas no máximo e um compressor por cima permitirão lavrar as terras alentejanas com o meu baixo traansformado em tractor. Aquela merda grita!!!
O guitarrista famoso contará histórias do quotidiano por cima de camadas e camadas de evolução sónicó-guitarrística, todas elas bem compartimentadas (que palavra do camandro) pelos ritmos de tradição rockeira nos quais o baterista famoso nos tem vindo a viciar.
Tenho que ter calma... Ainda faltam 3 dias.
É em Aljustrel no sindicato dos mineiros e a entrada é livre. Haverá mais 3 bandas as quais não sei ainda os nomes.

sábado, setembro 17, 2005

ALGURES NOS PRIMÓRDIOS

deste blog, a sinhôra Brigitte dizia maravilhas de The Grey Blues Bend.
Subscrevo totalmente, não sou amiga de nenhum dos membros da banda, nem faço a mínima ideia quem são, mas apanharam-me e enredaram-me nos seus encantos.
Agora já não consigo estar a trabalhar sem as ouvir no mínimo uma vez.
Entranha-se lentamente e sabe bem.



E parece que ainda há alguma justiça tardia e disfarçada de boa vontade na indústria discográfica.
A senhora Fiona Apple, que segundo os boatos que correm na net há um ano tinha o seu último álbum guardado algures nos armazéns da Sony Music por não ser Suficientemente Audível para Comercialização, terá finalmente EXTRAORDINARY MACHINE nos escaparates a partir do dia 04 de Outubro.
Como o trabalho já havia sido difundido ilegalmente na net, acrescentaram-lhe uma música nova....

Ao que parece a estratégia da campanha Free Fiona ,organizada pelos seus fãs, funcionou. A manobra consistia em enviar à Sony Music uma carta a reprovar a atitude, juntamente com uma maçã...
Devem ter ficado sem espaço para guardar as maçãs e as enormes orelhitas de burro que cresceram nos últimos meses. Depois aperceberam-se da quantidade de cifrões que perderam diariamente e SPLIM!: Novas remisturas!!

Mas não se iludam:
O que se diz por aí é que ela não ficou feliz com o trabalho produzido por Jon Brion e quis regravar o álbum, mudando os produtores. Salta o Jon Brion, produtor de Brad Maldhau, Aimee Mann, compositor das bandas sonoras originais dos filmes Punch Drunk Love, Eternal Sunshine of The spotless Mind e mais coisas, e entra quem? Entra o produtor Mike Elizondo (Dr Dre) e o Mike Kehew...

Existem várias versões desta história sem que a própria autora esclareça o público, por isso mais vale deixar que cada qual retire as suas conclusões, e para tal nada melhor que comparar as duas versões do álbum.

Para quem gosta do trabalho dela sugiro que façam download da versão ilegal e a compare com a nova. (Se não encontrarem e quiserem uma gravação da versão JB, enviem-me um mail,que eu gravo...)
Há uma música remisturada disponível no site: Oh Sailor.
www.fiona-apple.com
Eu, que já conheço a versão Jon Brion digo: Esta música não é nem por sombras das melhores, mas prefiro a versão JB. Ainda: Ao vivo, acompanhada apenas por JB na guitarra e um contrabaixista é bastante melhor.
Mas parece-me pouco para estar aqui a mandar palpites.
Quando escutar as remisturas vou ter certezas, por enquanto tenho suspeitas.

fiona apple e jon brion
PS: Ela apresenta-se ao vivo acompanhadíssima por Jon Brion e também Mike Elizondo, e duas das melhores canções não sofreram alterações. Uma delas é a que dá nome ao álbum...
Gostava de saber se ela se vai desprender da sony depois disto.
E se alguma vez vamos saber o que se passou.


"Early this year, fans seized upon the notion that Epic had rejected the original "Extraordinary Machine" and organized a Web site (FreeFiona.com) and a protest outside the company's New York office in the hopes of bringing the album to the marketplace. But in truth, Apple was not happy enough with the Brion-produced versions to release them. In April 2004, she sought out Elizondo, who played bass on two songs from her 1999 album "When the Pawn...," to help her re-imagine the material.

"That's essentially what we did up until a few months ago, when she felt like everything was ready to move forward," Elizondo tells Billboard.biz. "I have a studio at my house, so we added all of her piano, her vocals and live drums to the things I'd already created from scratch using programmed beats. Rather than experimenting in the studio, we tried to get blueprints for each of the songs and then once everything was ready to move forward, we went in and did the finishing touches."

www.billboard.com

sexta-feira, setembro 16, 2005

F r a s e
D o
D i a


"Ainda se fala Português em Portugal."

quinta-feira, setembro 15, 2005

"ABSTENÇÃO DE CINEMA

Ando cumprindo mal meus deveres de cronista. Não está certo, não, Vinicius de moraes. O público te paga para escrever, e você, em vez, fica a andar de bicicleta com o Rubem braga pelas praias do Leblon ou a roer a sua solidão nos bares de Copacabana, ingerindo chopes, além de tudo uma coisa que não pode fazer bem á sua colite. Você vai num mau caminho, meu rapaz. (...) Você é um rapaz de responsabilidade, com dois filhos, uma bela carreira na sua frente, talvez até com mais um ou dois livros a escrever. Você devia acordar mais cedo, olhar a aurora nascer, encher os pulmões da salsa brisa atlântica, fazer uma hora de ginástica, tomar um banho frio e escrever um poema sobre a eugénia. Mas não. Há uma semana que você não vai ao cinema."

O Cinema de Meus Olhos

Vinícius de Moraes

quarta-feira, setembro 14, 2005

THE ULTIMATE ARCHITECTS EM CONCERTO

Os The Ultimate Architects vão apresentar o seu primeiro álbum "Soma" ao vivo no próximo dia 22 de Setembro às 23:00 no espaço Sky Lounge situado no topo do Parque Eduardo VII (Alameda Cardeal Cerejeira). A entrada é gratuita.
ACONSELHA-SE.

Micah P. Hinson and the Gospel of Progress

Li crítica, acho que no Y do Público, a este disco e diziam maravilhas.
Como sou desconfiado fui ver se era verdade.
É.
O gajo recusa-se sair do meu discmano.

terça-feira, setembro 13, 2005

feromona

Canções em www.myspace.com/feromona.

feromona

segunda-feira, setembro 12, 2005

And now for something completely different.
Dois pensamentos, sem qualquer ligação, vindos do outro lado do atlântico.

"I met this girl, she looked like Axl Rose
Got drunk and took her home and we slept in our clothes
In the morning put my feet on the floor and thought
Being awake never felt like this before
And Julianne y'know she wouldn't approve
Talked all day on the phone 'cause I had nothing to do
Got rid of Axl by the afternoon
Being awake never felt so clear and blue
That's all I knew

Guess that I was innocent too
I'll sing a song and it won't be the blues
Cause I don't miss Julianne(...)"

de "Julianne" por Ben Folds (Five), 1995

"(...) The only life giving answer is to divorce one self from society, to exist without roots, to set out on that uncharted journey into the rebellious imperatives of the self. In short, whether the life is criminal or not, the decision is to encourage the psychopath in oneself."

de "The White Negro: superficial reflections on the hipster" por Norman Mailer, 1956

sábado, setembro 10, 2005

Não, não era só isso.

Aqui o Cáubói troca o cavalo pelo Mustang e dá uma volta à pequena migalha que andamos todos a dividir em pico partículas de pão.
Feromona: Gosto.
A minha forte vertebra cinematográfica também.
Mas não concordo, ainda existem heróis, devem é ter mudado de cidade. Ou então os heróis somos nós, que continuamos aqui a correr tipo baratas tontas, felizes e contentes, a fingir que não nos pesa nas costas esta implosão surda e muda.

Mais saudações,
John Wayne

TARDE E A MÁS HORAS


Lisboa é uma migalha.

pronto, era só isto.
Sim brigitte, passei-me.
saudações

sexta-feira, setembro 09, 2005

Discos esquecidos.

The Wrens - "Secaucus" (1996)

Voltei a ouvir este disco outro dia e mais uma vez fiquei aparvalhado ao pensar que estes tipos são práticamente desconhecidos.

Decidi escrever isto e fui procurar a capa. Dei por acaso com um artigo escrito em dezembro de 2003 (no nova-iorquino Village Voice) por Robert Christgau (conceituado escritor de música) em que ele diz entre outras coisas: "... I'm embarrassed I missed 1996's 54-minute, 19-track Secaucus when it came out. ".
Descobri tambem que, por causa de uma disputa com a editora de então, este se encontra esgotadíssimo e vende por muito no ebay.
Mas o que não sabia e me deixou curioso/desgostoso foi que eles foram conviados para tocarem na noite de abertura da Expo 98. Alguêm viu? Chegaram mesmo a tocar ou foi só convite?

Comprei-o em Londres numa "bargain section" de uma qualquer loja do Soho por 1£. Depois saber o que era, voltei a encontrar noutras lojas e comprei mais dois para oferecer. Quem recebeu de presente tambem ficou viciado.
Quase dez anos e milhentas audições depois continua a impressionar-me.
Rock alternativo americano por um lado, com aquela característica de disco bom que se entranha aos poucos. Rock mais clássico por outro que faz com que seja imediato.
Os jogos de guitarra indie à lá Pavement não surpreenderiam tanto hoje mas são geniais. Há um trabalho de vozes, coros e sussurros que se vai interiorizando aos poucos e que tem algo de sixties. Dá para cantar no carro. Dá para ouvir com a namorada. Dá para mostrar aos amigos do rock de vertente mais machista numa noite de copos e conversa sobre variadas formas de sexo. É multifacetado.



Já que não há à venda, sugiro que saquem, oiçam e queimem.


The Wrens são de New Jersey e além deste disco já editaram:

Silver (1994) porreiro.
Abbott 1135 EP (1999) bom!!!
The Wrens EP(Split w/ Five Mod Four) (2002) não tenho...
Meadowlands (2003) bom!!!

terça-feira, setembro 06, 2005

DISCOS novos e velhos que me andam a passar pelos ouvidos:

Dave Douglas- The infinite
Paul Weller - Heliocentric (diz que vem aí um disco novo do gajo)
Simian - We are your friends e Chemistry is what we are (este título...)
Mão Morta - Nus
Cowboy Junkies - The trinity session
The Soft Boys - Nextdoorland



Esta capa!









The Beta Band - Hot Shots II
Beck - Sea Change
John Coltrane & Don Cherry - The Avant Garde
The Gourds - Shinebox
The Webb Brothers - Maroon
Lou Reed - Berlin
The Legendary Tigerman - Fuck Christmas I got the blues



















Ben Folds Five - Ben Folds Five (o primeiro)




segunda-feira, setembro 05, 2005

feromona (2) / rolling stones

já há mais três canções de feromona em feromona ide lá e dizei o que achais.

E para quem não sabe, amanhã, os Rolling Stones mandam cá para fora um novo disco que segundo a crítica parte a loiça toda. Chama-se: A Bigger Bang
Quem é que ainda quer saber dos Stones? Eu quero.
Quem é que acha que as pessoas tambem melhoram com o tempo? Eu acho (nem sempre).

Aqui vai a capa:

sexta-feira, setembro 02, 2005

feromona

Já se pode ouvir uma das quatro canções que gravei com a feromona em Julho.
Para isso ide aqui:
feromona
Esta chama-se "Mustang" e é um rock dançante. Mais virão.
Concertos esperam-se que sejam muitos mas por agora só há um para o fim do mês em Aljustrel.