domingo, abril 30, 2006

OPERAÇÕES FABRIS

Há cerca de duas semanas atrás, os Ummadjam subiram ao palco de um pequeno bar na Fábrica da Pólvora, em Barcarena. O bar fica encostado a um cantinho e tem uma estranha forma triangular que é meio caminho andado para entupir nestas ocasiões. Mas para equilibrar a balança, dá para ver perfeitamente o concerto do exterior através das grandes vidraças que percorrem o bar de um ponta à outra.

Os Ummadjam levaram com eles o novo saxofonista João Morais e o novo percussionista João Maria. O concerto foi uma verdadeira cáuboiada, no melhor sentido do termo. Lá para o final houve ainda uma jam, como não podia deixar de ser, com a adição de um guitarrista e de um mc da nossa praça. O público estava demasiado tímido para o tipo de som que a banda propõe, mas não deixou de ser um bom concerto por causa disso. Estejam atentos, porque eles vão voltar brevemente e se não me engano, há-de ser na queima das fitas de Lisboa. Espera-se a confirmação.

Já na semana passada subiram ao palco os TV Rural, quinteto de Oeiras. O bar estava a abarrotar e o concerto foi bem catita, como era esperar. Repescou-se o Bruxas e apresentou-se uma música nova. Lá para o final o público já cantava com a banda e como tal teve direito a um encore.
Espera-se agora um belo concerto na área metropolitana de Lisboa, com espaço, bom som e algumas surpresas.

O bar é que era demasiado pequeno. Muita gente lá fora à conversa naquele estranho pátio de mini colunas, onde a altas horas da noite depois de uns quantos copos de cerveja é comum ver rapazes e raparigas equilibristas transformarem-se em estátuas humanas. Mas o mais estranho é que essas colunas são a base onde se apoiam as bancadas de um anfiteatro ao ar livre, com uma óptima acústica e boa capacidade. Faz pensar, enquanto estamos ensardinhados dentro de um bar envidraçado a delinear estratégias para alcançar o bar.

Por hoje é tudo

Quem tiver imagens dos concertos e vontade de partilhar, esteja à vontade para enviar para o mail. A gerência agradece.

Saudações do cáubói

quinta-feira, abril 27, 2006

Amanhã. Fábrica da Pólvora. Tv Rural.

quarta-feira, abril 26, 2006

CANCELADO - concerto dia 28 no lótus bar, feromona e frequency - CANCELADO

Uma vez que a vocalista de frequency está com um problema de saúde, o concerto do Lótus Bar cuja noite era partilhada com feromona, foi cancelado. Foi também cancelado o do dia seguinte no Cefalópode.
A ida a Braga no dia 6 por agora mantem-se de pé até sabermos o desenvolvimento da situação.
As melhoras para a Ana Costa.

Cartazes
Um "amigo meu" que faz cartazes fez este blog para os mostrar.

Subscrevo uma newsletter diária da Wikipedia com informação histórica variada respectiva ao próprio dia. A de ontem, entre alguns acontecimentos selecionados, referia-se ao 25 de Abril da seguinte maneira :

"1974: The song Grândola Vila Morena by Zeca Afonso was broadcast on radio, signalling the start of the Carnation Revolution, a bloodless coup against the Estado Novo regime in Portugal. (http://en.wikipedia.org/wiki/Carnation_Revolution)"

segunda-feira, abril 24, 2006

feromona - fotos da gravação - arrábida


régie

















tarde - copos




















um sítio longe onde enfiámos o baterista




















algum material que levámos (pedais, cabos, josé de castro, enfim, todo o tipo de cenas)



















jam















gravação de baixo - toda a gente muito interessada...
















jam nocturna














régie de noite












geral da casa - obrigado xico, caganda náice!



sexta-feira, abril 21, 2006

Pessoal do cinema: chegou um carregamento de livros ingleses e americanos de luxo.

quarta-feira, abril 19, 2006

Pouco surpreendente a votação dos Cindy Kat acaba com uma única nota a salientar. Alguém até ouve mas prefere os Gift. Imaginei que essa opção ficasse em branco. Quanto ao governo é o costume. Nada de novo.

Uma semana, 9 canções e 45 minutos de música depois estou de volta ao antro de olhos fechados.
O Zé aturou-nos durante 5 dias de barulho com (muitos) copos à mistura. O Z fotografou. O David emprestou a carrinha. O Miguel e o Pinétri arranjaram material. O Xico deu a casa. E que casa! Nós tocámos. O computador mais a parafernália sonora captaram e gravaram. Correu bem. Houve tempo para tudo. Até para histórias de lobisomens e caca de pássaro em cima da bateria. Dentro em pouco devem-se começar a ouvir resultados. Esperemos. A megalomania apoderou-se de nós e para o EP acabámos por gravar material para um álbum. Isto não pára.

quarta-feira, abril 12, 2006

Alguns acontecimentos próximos:

13 Abril - festa dos 10 anos da revista
Bíblia no Maxime's com concertos de The Act-Ups e REF. A partir das 23h até às tantas já que a seguir aos concertos há DJ's: Señor Pelota e Mário Valente.

14 Abril - concerto de
Ummadjam na Fábrica da Pólvora (Barcarena) 23.30h - 3€ - com percussionista e saxofonista novos. Funk you very náice.

Vi agora que vêm cá os
Bootleg Beatles, super banda de tributo aos Fabfour. Com orquestra a acompanhar e tudo.
Coliseu do Porto – 28 de Abril e Coliseu de Lisboa – 29 de Abril
Mesmo que quisesse não vou poder ir porque toco na mesma noite mas acho que deve ser uma experiência curiosa (com muita droga em cima).

terça-feira, abril 11, 2006

Bootlegs da semana (2):

Não consigo escolher só um oiçam os dois.

Mercedes Beck - Lenlow (Beck - Go It Alone; Janis Joplin - Mercedes Benz)

Great Balls of Fire - Payroll (Jerry Lee Lewis - Great Balls of Fire; Aquasky - Halifax)

Segundo ouvi dizer, hoje saíu o penúltimo número do Blitz, pelo menos como o conhecemos. Para semana acaba-se aquele que durante 22 anos foi o maior impulsionador de novas músicas por estes lados. Às terças-feiras procurava-mo-lo numa banca de rua ansiosos para o ler de uma ponta à outra.
Apesar de recentemente ter deixado de o comprar com regularidade, sei que me deu muita música a conhecer. Adeus jornal e aproveita para ouvir os discos que te apetece.
Diz que a partir de junho o blitz passa a revista e tornar-se-á mais abrangente. A coisa não me inspira grande confiança.

segunda-feira, abril 10, 2006

A minha irmã de 14 anos usava hoje o seguinte nickname no messenger:
"sei que ainda não vi tudo, mas já vi demais..."
Eu duvido.

sexta-feira, abril 07, 2006

Feromonotícias.
De hoje a uma semana estaremos a gravar o que
esperamos venha a ser um EP para o Verão.
Há este concerto do Lótus, dia 28. Dia 6 de Maio em Braga também com Frequency. Depois, diz que há Maxime's e Mercado com Tv Rural.

quinta-feira, abril 06, 2006

Memórias de festival ou A sorte bate à porta quando menos se espera.
Flaming Lips em Paredes de Coura 2000

A propósito do novo disco dos Flaming Lips a revista Uncut deste mês traz um artigo porreiro com entrevista a Wayne Coyne. Para acompanhar a leitura fui buscar "The Soft Buletin" à prateleira. Na capa está escrito a marcador preto "Hey B. thanks for working with us. See you again – Love Wayne".

Recuando seis anos, trabalhava eu na Warner quando me chega às mãos esse disco de capa amarela e azul, com ar cinematográfico e de uma banda cuja única coisa que conhecia até então era "She don’t use jelly". Olhei-o de lado, porque andava numa fase mais electrónica, e não o ouvi imediatamente. Depois lá cedi e meti a rodela no leitor.
Aquilo que saíu lá de dentro era um ovni. E dos bons. Tocou até à exaustão aparvalhando-me com a mistura de máquinas, instrumentos, personagens estrambólicos e, no fundo, enormes canções pop de um psicadelismo súbtil.
Mal sabia que uns tempos depois, em Paredes de Coura, acompanharia a banda. Organizar entrevistas e coisas afins, zelar pelo bem estar do artista e outro tipo de merdas que as editoras fazem para que tudo corra bem. Claro que fiquei doido só com a ideia e quando a oportunidade apareceu gritei "Eu vou!!!". E fui.

Conheçem a frase "Please don't put your life in the hands of a Rock n Roll band, who'll throw it all away"? Conhecer ídolos é assunto com pano para mangas.
Em vários trabalhos relacionados com editoras ou produtoras lidei com alguns músicos famosos (se formos a ver lidamos com rockstars todos os dias mas…) e nunca se sabe o que esperar. Por vezes desiludem-nos, outras vezes confirmam o que imagináva-mos e às vezes surprendem-nos completamente pela positiva. Foi o que aconteceu.
Três gajos do mais hulmilde possível.

À tarde lembro-me bem de haver uma sessão de futebol junto aos camarins. No mesmo grupo, dando "toques", juntavam-se Adolfo L. Canibal, dois ou três dos ainda pouco conhecidos Coldplay, Wayne Coyne e alguns jornalistas e/ou roadies. Estas coisas só se vêm em festivais como Paredes de Coura que ainda consegue intimidade com um tamanho considerável.
Vários dos que tocavam nessa noite conversavam entre copitos de tintol, cerveja ou água, num ambiente muito bom.
O concerto foi estrondoso.
Aqui há um texto do Público, que não vem creditado mas julgo ser do Tiago Luz Pedro, e que descreve bem o que se passou.
Depois de um momento mágico os três músicos desmontam o próprio material e calmamente voltam para o backstage. Saíndo do palco perguntam "Que tal foi? Acho que o pessoal gostou não?" quase com dúvidas deles próprios, e eu, estarrecido com o espéctaculo gagejo qualquer coisa sem muito sentido, tentando dar a entender que sim. Claro que sim. Ou: o que foi aquilo? Ainda não sei bem o que dizer.

Os Flaming Lips são grandes e vão ser maiores.

At War With The Mystics estará à venda em poucos dias (já devia estar...). Pode ser ouvido integralmente no site da banda. Em breve escrevo aqui sobre ele.

quarta-feira, abril 05, 2006

Moi non Plus no Maxime este sábado.
São sete em palco e tocam desde Boris Vian, Gainsbourg, Charles Trenet e Jacques Dutronc.
A NÃO PERDER.

Ian Mucznik - guitarra e voz
Catherine Morrisseaux - piano
Nuno Reis - trompete e percussão
Eduardo Lala - trombone
Luis Bastos - clarinete
Felipe Rocha - contrabaixo
André Sousa Machado - bateria (a substituir Rui Alves)

A partir das onze.


segunda-feira, abril 03, 2006

Nova rubrica dos Olhos Fechados.

Bootleg da semana (1):

Galvanize the Cat (botão direito do rato - guardar destino como) por Dj Moule

Veri náice uôrde.

Serendipity: to make discoveries, by accident and sagacity, of things not in quest of.

E para aqueles broncos que como o meu irmão mais novo, acham que não é bom e produtivo falar inglês:

Serendipidade: descobrir por acidente e sagacidade algo que não se busca.


(retirado da wikipedia)